IMC x Percentual de Gordura

Quando a gente se matricula em uma academia, antes de começar a malhar precisamos fazer uma avaliação física. Tive de fazer a tal medição de massa corporal – que identificou que 40% do meu corpo é feito de gordura. Um professor de educação física pinçou dobrinhas do meu corpo em lugares diferentes (costas, braços, pernas, barriga) com um compassso de dobras cutâneas, que funciona sob pressão. Jogou os números em uma equação e obteve o resultado.

Hoje as academias de ginásticas, endocrinologistas e nutricionistas de ponta usam esse dado, e não o Índice de Massa Corporal, o famoso IMC, em análises clínicas. Por quê?

O IMC é um índice epidemológico. Visa quantificar o sobre e o sub peso na população. Fazer uma média geral. Não leva em consideração informações individuais. Enquanto a medição de gordura (por compasso ou eletrodos) usa dados como massa gorda, músculos, ossos e quantidade de água no corpo, o IMC é calculado apenas por peso e altura. É uma informação genérica, mais simples. Por isso, está sujeito a furos. Os atletas, por exemplo, não podem se basear pelo IMC. Como costumam ter muitos músculos (que em proporção pesam mais que a gordura), entram na faixa dos obesos. Sem ser, claro.

Eu não sou obesa mesmo: o meu IMC está um pouco acima do normal, mas o meu percentual de gordura está muito alto,  o que pode me trazer vários problemas de saúde.

Quem quiser informações precisas, saber realmente se deve ou não perder massa gorda, pode procurar um médico, nutricionista ou endocrinologista que meça seu percentual de gordura corporal. E boa sorte.