“Casei” – A decoração – Parte I

Oi, pessoal! Tem alguém aí? Hehehe…

Depois da insistência de algumas leitoras (não é, Iara, Carol e Amanda?), resolvi retomar o meu “casei”. Antes tarde do que nunca, né?!

E hoje vim falar de uma das partes mais importantes de todo o casamento: a decoração. Vou detalhar hoje a cerimônia e na quinta volto com um post sobre a recepção. Para ver mais detalhes, basta clicar sobre a foto que ela amplia, ok?!

Quando a gente convida alguém para uma festa, queremos que as pessoas se sintam bem e confortáveis, com o casamento não é diferente. Mas ainda tem um outro elemento que toda noiva deseja: a surpresa.

E eu, como boa representante da classe “noivística”, não poderia deixar por menos, né?!

Primeiro vamos falar das minhas inspirações. Por toda a minha vida eu sempre imaginei que teria um casamento glamouroso, à noite, com direito a banda tocando música ao vivo e tudo o mais. Há alguns anos, vi no site do talentosíssimo fotógrafo Victor Sizemore a completa tradução de tudo o que eu sempre tinha sonhado pra mim. A decoração da minha recepção de casamento ia ser desse jeito e ponto. Eu queria tudo aquilo, as plumas, as cores, a pista de dança, tudo.

Mas aí ficamos noivos e eu achava que decidir a decoração seria tarefa fácil, pois era só dar um CTRL + C e CTRL + V nesta decoração e estava tudo decidido. Só que…

Eu mudei COMPLETAMENTE o estilo do meu casamento. O glamour deu lugar à intimidade, a luz da lua deu lugar ao brilho do astro rei, a banda tocando música ao vivo deu lugar a um trio de jazz.

Então era hora de recomeçar o projeto da decoração. E, toda noiva sabe, inspirações e influências é o que não faltam, né?!

Pegava uma ideia aqui, outra dali. A decoração estava rumando para o estilo provençal, mas não estava realmente balançando meu coração.

Foi então que eu decidi parar, respirar, esquecer as (muitas) influências externas e pensar a decoração do meu casamento do meu jeito. Com elementos que realmente faziam parte do meu sonho.

E foi então que eu parei e pensei: o que eu realmente amo? A resposta veio mais fácil do que eu imaginava: vidros/cristais, flores delicadas, porcelana e um toque de glamour. Coincidentemente, nesse mesmo dia eu me deparei com um post em no blog Casamenteiras que descrevia o estilo shabby chic. Pronto, estava ali tudo o que eu queria para mim!

Só então que eu consegui realmente construir a decoração do meu casamento do meu jeito, eliminando as influências externas e ouvindo o meu próprio coração.

Com o estilo definido, as ideias escolhidas, saí em busca de decoradores e contratei a Érika Magalhães. Ela soube me ouvir e , apesar de algumas falhas, a decoração do meu Big Day ficou bem ao meu gosto.

Como minha cerimônia foi ao ar livre, escolhi as cores branca e verde. O branco nas flores e nas cadeiras e o verde do gramado e das árvores para complementar.

Foto: Ernani Rocha

As cadeiras foram de madeira branca. Escolhi madeira pois, como elas iam ficar ao sol, poderiam esquentar se fossem de ferro. Isso é um detalhe muito importante a ser observado pelas noivinhas que vão se casar ao ar livre, viu?! Cadeiras de ferro, além de afundarem na terra, pois têm os pés mais finos, costumam esquentar, o que é muito incômodo para seus convidados.

A princípio, pensei em colocar cadeiras Tiffany, mas, além de o aluguel delas ser mais caro do que de outros modelos, não as acho tão confortáveis. Uma vez fui a um desfile com o Tiago e ele reclamou que só das cadeiras. Mais um motivo para riscá-las da lista de exigências.

Para o caminho até o altar, escolhi decorar as cadeiras com copos de leite, as flores preferidas da minha mãe apesar de ela nem ter percebido isso e só notado quando viu as fotos. E no lugar de tapete, escolhi fazer um caminho com pétalas de rosas.

Foto: Ernani Rocha

Foto: Ernani Rocha

O altar foi apenas um tablado forrado de branco com um aparador com um arranjo de hortênsias brancas. Não queria usar muitas hortênsias na cerimônia, pois foram bastante utilizadas na recepção. Mas como as de dentro do salão eram azuis, me senti na liberdade de usar as brancas na cerimônia.

Foto: Ernani Rocha

Um xodó pra mim foi o lustre decorado com cristais e flores. Era um desejo grande meu e quase chorei no dia em que fui fazer a reunião com a Érika na Atrium e ela disse que os galhos da árvore onde eu estava pensando em pendurar o lustre talvez não fossem aguentar o peso dele. Felizmente deu tudo certo, o lustre estava lindo e, principalmente, não caiu sobre as nossas cabeças! Hehehe…

Foto: Ernani Rocha

As cadeiras dos pais, padrinhos e damas (coloquei todos sentados juntos na primeira fileira) foram decoradas com laços de tule e tags com os nomes de cada um deles. Assim evitei que as pessoas ficassem perdidas sem saber direito onde se sentar. As tags e os laços eu mesma fiz e entreguei para a Érika apenas colocá-los nas cadeiras.

Foto: Ernani Rocha

Foto: Ernani Rocha

Encomendei na Karisma Flores três placas: uma grande para indicar os locais onde estariam acontecendo cada parte do evento.

Tenho foto dela melhor no banheiro da casa nova. Hehehe…

Essa placa foi a mais problemática de todas, pois, quando o Tiago foi buscá-la, notou que a cidade de Brazlândia não estava constando a quilometragem. Aí fizeram uma “correção” que ficou bem feinha, mas eu não estava mais com cabeça para ficar me estressando com isso e ficou assim mesmo. Detalhe: todos os locais foram medidos tomando a Atrium como ponto de partida.

Outra placa para enfeitar a nossa “árvore do amor” (o Flamboyant dos meus sonhos, debaixo do qual nos casamos).

Foto: Ernani Rocha

E uma terceira placa de coração com dois lados. De um deles estava escrito: S + T – 27/05/2012 (igual na placa indicativa de lugares) e do outro lado CASAMENTO EM ANDAMENTO.

Esta plaquinha fez tanto sucesso que emprestamos para a noivinha Iara usar em seu Big Day, exatos 2 meses após o nosso.

Aqui vocês podem ver a placa em ação.

Foto: Ernani Rocha

Como o local onde fizemos nosso casamento tinha “vista” pra um campo de futebol, troquei meu buquê, que já estava incluído no contrato, por uma decoração para disfarçar as traves.

Queria algo que cobrisse mesmo, para que elas ficassem imperceptíveis, mas foi usada pouca folhagem e elas continuaram à mostra. Felizmente, como eram brancas, meio que combinou com o restante da decoração. Hehehe…

Foto: Ernani Rocha

E agora um elemento fundamental para que o fator surpresa estivesse presente na minha cerimônia: meu portal.

Foto: Ernani Rocha

Vi em um site americano um casamento com um portal bem parecido com o que utilizamos. Mas, acreditem se quiserem, a noiva deste casamento NÃO entrou pelo portal, mas sim por uma trave com uma cortina de tecido meio rústico.

Ah, mas isso me deixou realmente indignada!

Um portal tão lindo desses merecia ter seu momento de glória e servir de passagem para uma noiva em direção a seu amado.

Pesquisei com um marceneiro para fazer o portal, mas o preço que ele me cobrou ficou muito acima do que eu estava disposta a pagar. Fiquei meio tristinha e fui choramingar pro noivo. Mostrei pra ele as fotos, conversamos e ele se dispôs a, junto com seu irmão e padrinho, confeccionar o meu portal dos sonhos.

Confesso que fiquei com um pouquinho de medo de dar alguma coisa errada, pois os dois nunca tinham feito nada assim antes, mas, felizmente, deu tudo mais do que certo. O portal ficou lindo e inclusive já o alugamos para outras noivinhas que também escolheram se casar ao ar livre. Tão bom poder fazer parte de alguma forma do Big Day de outras pessoas…

Algumas observações sobre o que foi contratado e foi alterado:

– Caminho até o altar com pétalas de rosas brancas (a decoradora alterou para um mix de pétalas de rosas em tons pastéis, na verdade, um reaproveitamento das pétalas das rosas que foram usadas para decorar a recepção). Não fiquei muito incomodada com a mudança, mas seu eu fizesse questão de que fossem apenas pétalas brancas, ver essas pétalas de outra cor aí partiria meu coração.

Foto: Ernani Rocha

– Queria que fosse posicionado um aparador na entrada da cerimônia, próximo ao portal, para criar uma “Estação de Bem Estar”, como na foto abaixo. O salão tem um aparador de ferro branco que eu estava justamente pensando em usar neste espaço.

Mas este aparador simplesmente não existiu. As lágrimas de alegria que que ganhei de brinde da Cellebrate foram distribuídas sobre as cadeiras dos convidados, os leques que comprei da ex-noivinha Ana Paula nem sei como foram entregues e os repelentes me foram devolvidos pelo cerimonial ao final do casamento, ainda lacrados.

Bom, por hoje é só. O post ficou mega enorme, mas espero que vocês tenham gostado do meu relato sobre a decoração da cerimônia. Quinta-feira tem mais, sobre a decoração da recepção.

BEIJOS E SUCESSO!!!